quarta-feira, 28 de julho de 2010

Meninas a um clique do abuso sexual com fotos sensuais em blogs e no orkut

Enquanto as autoridades e grandes empresas se debatem contra crimes sexuais que ameaçam jovens e adultos na internet, são os pais que mais permitem a exposição dos filhos aos ataques contra a sexualidade e privacidade.

Fotos de jovens, que não passam de garotinhas, em poses sensuais e provocativas imitadas do que vêm na mídia altamente sexista, e quase nuas, enchem os álbuns nos perfis do Orkut.com.

As denúncias contra comunidades de pedofilia no orkut são inúmeras, mas ao avaliar as denunciadas, nem sempre e possível identificar, ou "tipificar", no jargão policial, o crime. Muitas vezes as tais comunidades, por mais nefastas e imorais que sejam, não podem ser acusadas de pedófilas.

Os membros dessas comunidades reúnem e trocam entre si links para as fotos das tais meninas erotizadas precocemente. Assim, não são fotos clandestinas. Teoricamente, todas foram publicadas pelos donos dos perfis.

De quem é a responsabilidade de proteger as jovens, então? Quando uma criança é encontrada num prostíbulo, os pais podem ser penalizados criminalmente, pois permitiram a exposição dos filhos a ambiente degradante. Com o orkut, é a mesma coisa!

Enquanto as autoridades e grandes empresas se debatem contra crimes sexuais que ameaçam jovens e adultos na internet, são os pais que mais permitem a exposição dos filhos aos ataques contra a sexualidade e privacidade.

Fotos de jovens, que não passam de garotinhas, em poses sensuais e provocativas imitadas do que vêm na mídia altamente sexista, e quase nuas, enchem os álbuns nos perfis do Orkut.com.

As denúncias contra comunidades de pedofilia no orkut são inúmeras, mas ao avaliar as denunciadas, nem sempre e possível identificar, ou "tipificar", no jargão policial, o crime. Muitas vezes as tais comunidades, por mais nefastas e imorais que sejam, não podem ser acusadas de pedófilas.

Os membros dessas comunidades reúnem e trocam entre si links para as fotos das tais meninas erotizadas precocemente. Assim, não são fotos clandestinas. Teoricamente, todas foram publicadas pelos donos dos perfis.

De quem é a responsabilidade de proteger as jovens, então? Quando uma criança é encontrada num prostíbulo, os pais podem ser penalizados criminalmente, pois permitiram a exposição dos filhos a ambiente degradante. Com o orkut, é a mesma coisa!

Periguetes mais gostosas da net" têm só 15 anos!
Um exemplo clássico de como a ausência dos pais facilita a exposição dos filhos no orkut: Nesta semana, circulou em vários blogs, ávidos pela visitação, um post sobre as gêmeas Linny e Mary, eleitas pelos blogueiros "as irmãs mais gostosas da net".

Com fotos extremamente erotizadas das duas irmãs em poses sensuais, os textos informam, sem nenhum pudor ou preocupação, que ambas têm 15 anos apenas! Até a divulgação das imagens nos blogs é ilegal, levando-se em conta o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Mas ninguém parece estar muito preocupado, afinal, quem poderia reclamar? As vítimas da exposição, nesse caso, aparecem nas fotos feitas em frente a um espelho de máquina na mão, provando que elas próprias são as autoras do "ensaio semi-erótico".

Se as garotas são induzidas pela mídia a, desde pequenas, se expor como produtos a venda para serem aceitas, é outra discussão...

Mas o fato é que, cabe aos pais, cuidar o que acontece no computador, na máquina digital, no blog e até no celular dessas menininhas.

Nada de conservadorismo. É apenas uma questão de bom senso! Essas garotas podem, mesmo com toda carga de informação que recebem, com todo amadurecimento precoce dos tempos modernos (bla-blá-blá), se submeterem a experiências ruins que marcarão suas vidas para sempre!

Essas garotas podem perder muito cedo a noção dos limites, desenvolvendo uma sexualidade deformada. Podem encontrar pela frente uma gravidez não planejada ou um maníaco que mate de verdade!

É claro que tudo isso pode acontecer sem a ajuda do ambiente virtual. Mas, será que a exposição delas quase peladas para milhares de internautas não vai aumentar as chances das tragédias?



Já visitou o orkut da sua filha hoje?
Há alguns anos, uma campanha esparramou adesivos com os dizeres: "Já abraçou seu filho hoje?"... Agora, a frase deveria ser: "Já visitou o orkut do seu filho hoje?"

É incrível, mas os pais não sentam nem cinco minutos por semana ao lado das crianças para saber o que fazem no computador, na internet.

Os micros são colocados nos quartos, e quanto mais "sossego" as crianças derem enquanto navegam, melhor! Aliás, a impressão geral é de que, estar usando um computador, só pode ser bom para a criança.

Como resultado, pais são surpreendidos com fotos de seus rebentos em orgias sexuais sendo esparramadas por e-mails, outros descobrem atividades ilegais das "crianças" pela internet com a polícia batendo na porta para prender os filhos...


Orkut é lugar de criança?
Por mais que as autoridades esperneiem, que o Google seja acionado, ou que as campanhas alertem, no orkut, assim como no resto da internet, qualquer um está a poucos cliques de um convite para uma seção de "sexo grupal", de um guia para experimentar uma nova droga ou de um manual para matar gatos da forma mais dolorosa possível.

A pergunta que fica, então, é: Orkut é lugar para criança desacompanhada?

Você deixaria sua filha de dez, doze ou dezessete anos sozinha naquela região da cidade onde se concentram os prostíbulos ou clubes suspeitos?

Por mais radical que pareça, as situações são análogas.

Se você é pai, mãe ou responsável por um adolescente, por mais novo que ele seja, considere-se então desde alertado para os riscos que o orkut oferece. E, principalmente, para a falta que sua presença faz!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

O legado de um pai



À primeira vista, quando se pensa na paternidade, podemos considerar alguém que está à frente de uma família sendo o provedor de suas necessidades; pelo menos, no mínimo daquilo que se é exigido. Muitas são as tarefas daqueles que, porque geraram, tornaram-se educadores por natureza. Talvez, se compararmos todos os atributos necessários aos pais, a capacidade de gerar poderia ser classificada como a mais fácil entre todas as demais.
Certamente, educar e formar um novo homem não é uma tarefa fácil. É certo que um dia nossas crianças aprenderão a correr, a andar de bicicleta e, no tempo particular de cada uma, aprenderão tudo o que está nos livros. Saberão discernir o norte do sul, aprenderão a tabuada, navegarão pela Internet com a facilidade de quem já nasceu inserido num mundo globalizado…
No processo de crescimento natural, nossos filhos caminharão, a cada dia, mais longe do “ninho” de onde nasceram. Desvendando os mistérios de um mundo novo, viverão as alegrias que a vida proporciona e também experimentarão os “eclipses”, os quais terão de aprender a superá-los. Serão momentos únicos para cada um, assim como o foram também para nós, os quais ninguém poderá assumir por eles a vez!
Poupá-los dos sofrimentos e prepará-los para enfrentar as suas próprias dificuldades será sempre o desejo dos pais. Entretanto, seria inútil tentar encaixar nossos filhos em um molde idealizado por nós. No nosso tempo, mal sabíamos que – num futuro tão próximo – haveria alguma coisa semelhante ao mundo que temos hoje à nossa volta. Assim o “molde” que se acreditava ser perfeito 20 anos atrás, certamente, não atende às formas exigidas do tempo atual.
Então, com qual bem – que não seria roído pelas traças nem roubado pelos ladrões – eles deveriam ser cumulados?
Da relação familiar, a simplicidade da amizade entre pais e filhos fará refletir na vida deles atitudes equilibradas e de responsabilidade. Mesmo que eles tenham se formado nas melhores faculdades ou estejam trabalhando nas melhores empresas – se não tiverem experimentado a singeleza de se sentirem amados não poderão viver o ato de amar. Esse é o legado que os filhos esperam receber em casa.
Um dia, nossos filhos estarão sentados com os seus filhos [nossos netos] contando histórias de suas histórias. Num passado vivo em seus corações ainda ecoam os sons das convivências em família, regadas de amor nas conversas, brincadeiras e gestos, que tinham como objetivo estampar um sorriso em seus lábios. Sabem que foram amados, pois aquele que detinha a autoridade em casa estava sempre na posição de servo, a serviço de suas necessidades.
O Criador, sabendo daquilo que nos seria necessário, presenteou-nos com os filhos. Ainda que estes possam, por algumas vezes, parecer um fardo difícil de levar, a presença deles será para os pais o braço forte e o fôlego a mais para conquistar a vitória de uma vocação – a paternidade.
Vale a pena não desistir daquilo em que acreditamos!

sábado, 21 de junho de 2008

Uso insustentável da água


O mundo está criando uma economia
de bolha alimentar baseada
no uso insustentável da água


Dia 5 de junho, a ONU comemorou o Dia Internacional da Água.
Em 2004, as comemorações tiveram como tema "Água:
2 bilhões de pessoas estão morrendo por ela".
Como contribuição para este tema,
estamos divulgando o artigo abaixo.


Em 16 de março de 2003, cerca de 10.000 participantes se reunirão no Japão, no terceiro Fórum Mundial da Água, para discutir as perspectivas mundiais da água. Embora os debates oficiais venham a enfocar a escassez hídrica, indiretamente estarão tratando da escassez alimentar, uma vez que 70% da água que desviamos dos rios ou bombeamos do subsolo, são utilizados para irrigação.

À medida que a demanda hídrica triplicou durante o último meio século, suplantou a produção sustentável de aqüíferos em dezenas de países, provocando a queda de lençóis freáticos. Na verdade, os governos estão atendendo à demanda crescente de alimentos com a extração excessiva de água subterrânea, uma ação que, praticamente, garante a queda de produção de alimentos quando o aqüífero estiver exaurido. Conscientemente ou não, os governos estão criando uma economia de “bolha alimentar.”

À medida que o consumo de água aumenta, o mundo se expõe a um gigantesco déficit hídrico em grande parte invisível, historicamente recente, que cresce aceleradamente. Uma vez que a iminente catástrofe hídrica se traduz na queda de lençóis freáticos, não é visível. O declínio dos lençóis freáticos, freqüentemente, só é descoberto quando os poços secam.

Quando a demanda pela água ultrapassa a produção sustentável de um aqüífero, o descompasso entre os dois aumenta a cada ano. No primeiro ano em que a linha é cruzada, o lençol freático cai muito pouco, com um declínio quase imperceptível. Entretanto, a cada ano seguinte, a queda anual é superior ao ano anterior.

As bombas a diesel ou elétricas que permitem a extração excessiva foram disponibilizadas mundialmente, aproximadamente ao mesmo tempo. A quase simultânea exaustão de aqüíferos significa que as reduções nas colheitas de grãos ocorrerão em muitos países mais ou menos na mesma época. E isto quando a população mundial cresce em mais de 70 milhões de pessoas, anualmente.

Os aqüíferos estão sendo exauridos em dezenas de países, inclusive na China, na Índia e nos Estados Unidos, que, conjuntamente, colhem metade dos grãos mundiais. Sob a planície norte da China, que produz mais da metade do trigo e um terço do milho chinês, a queda anual do lençol freático aumentou de uma média de 1,5 metros, há uma década, para 3 metros, hoje. O bombeamento excessivo já exauriu, em grande parte, o aqüífero raso e, assim, o volume de água que pode ser bombeada anualmente se restringe à recarga anual das chuvas. Isto está forçando a perfuração do aqüífero profundo da região, o qual, infelizmente, não é recarregável.

He Quincheng, diretor do Instituto Geológico de Monitoração Ambiental em Beijing, observa que à medida que o aqüífero profundo sob a planície norte da China se exaure, a região perde sua última reserva hídrica – seu único recurso de segurança. Sua preocupação é espelhada num relatório do Banco Mundial: “Dados empíricos indicam que poços profundos (perfurados) em torno de Beijing, hoje, precisam atingir 1.000 metros para alcançar água doce, aumentando dramaticamente o custo do abastecimento.” Em termos fortes, algo raro para o Banco, o relatório prevê “conseqüências catastróficas para as gerações futuras” caso o uso e abastecimento da água não sejam rapidamente colocados em equilíbrio.

A Índia, hoje com uma população de 1 bilhão, está extraindo excessivamente os aqüíferos em vários estados, inclusive Punjab (o celeiro do país), Haryana, Gujarat, Rajasthan, Andhra Pradesh e Tamil Nadu. Os últimos dados indicam que, sob o Punjab e Haryana, os lençóis freáticos estão caindo a uma taxa de 1 metro por ano. David Seckler, ex-diretor do Instituto Internacional de Gestão Hídrica, estima que a exaustão dos aqüíferos poderá reduzir a colheita de grãos na Índia em um quinto.

Nos Estados Unidos, os lençóis subterrâneos caíram mais de 30 metros em partes do Texas, Oklahoma e Kansas – três dos principais estados produtores de grãos. Conseqüentemente, os poços estão secando em milhares de fazendas no sul de Great Plains.

O Paquistão, uma nação com 140 milhões de habitantes que ainda cresce a um ritmo de 4 milhões por ano, também exaure seus aqüíferos. Na parte paquistanesa da planície fértil do Punjab, a queda do lençol freático é aparentemente semelhante à da Índia. Na província de Baiuchistan, uma região mais árida, o lençol freático em torno da capital, Quetta, está se reduzindo a um ritmo de 3,5 metros anuais. Richard Garstang, especialista hídrico do Fundo Mundial para a Natureza, diz que “dentro de 15 anos Quetta ficará sem água, caso o ritmo de consumo atual continue.”

No Iêmen, o lençol freático está caindo cerca de 2 metros ao ano. Em sua busca por socorro, o Governo do Iêmen perfurou poços experimentais na bacia do Sana’a, onde está localizada a capital, com 2 quilômetros de profundidade – níveis normalmente associados à indústria petrolífera – não conseguindo encontrar água. Com uma população de 19 milhões, crescendo a um ritmo de 3,3% ao ano, uma das maiores taxas do mundo, e lençóis freáticos caindo por toda a parte, o Iêmen está rapidamente atingindo um estado hidrológico desesperador. Christopher Wards, do Banco Mundial, observa que “a água subterrânea está sendo extraída num ritmo tal que setores da economia rural poderão desaparecer dentro de uma geração.”

No México — com uma população de 104 milhões, projetada a atingir 150 milhões até 2050 — a demanda pela água está excedendo a oferta. No estado agrícola de Guanajuato, por exemplo, o lençol freático está caindo 2 metros, ou mais, ao ano. Em nível nacional, 52% de toda a água extraída do subsolo vêm de aqüíferos bombeados excessivamente.

A escassez hídrica, outrora uma questão local, hoje atravessa fronteiras internacionais por meio do comércio internacional de grãos. Por exigir mil toneladas de água para produzir uma tonelada de grãos, sua importação é a forma mais eficiente de importar água. Países pressionados ao limite de sua disponibilidade hídrica, satisfazem a demanda crescente das cidades e das indústrias, desviando a água de irrigação da agricultura e importando grãos para compensar a perda de capacidade produtiva. À medida que o déficit se intensifica, também aumenta a competição pelos grãos nos mercados mundiais. De certa forma, a negociação nos mercados futuros de grãos é o mesmo que negociar no futuro da água.

Na China, uma combinação de exaustão de aqüíferos, desvio de água de irrigação para as cidades e menores preços mínimos para os grãos, está encolhendo a safra de grãos. Após atingir o pico de 392 milhões de toneladas em 1998, a colheita caiu para 346 milhões de toneladas, em 2002. A bolha alimentar da China está prestes a romper. Compensou o déficit de grãos durante três anos, por meio da redução de seus estoques, mas brevemente terá que se voltar para os mercados mundiais para cobrir este déficit. Quando o fizer, poderá desestabilizar os mercados internacionais de grãos.

Embora alguns países já tenham obtido ganhos significativos no aumento da eficiência de irrigação e reciclagem da água servida urbana, a resposta costumeira à escassez hídrica tem sido construir mais barragens ou perfurar mais poços. Mas, hoje, ampliar a oferta está cada vez mais difícil. A única opção é reduzir a demanda pela estabilização populacional e elevar a produtividade hídrica. Com quase todas as 3 bilhões de pessoas que serão adicionadas à população mundial até 2050, nascendo nos países em desenvolvimento, onde a água já é escassa, atingir um equilíbrio aceitável entre água e população poderá, agora, depender mais da estabilização populacional do que de qualquer outra ação.

O segundo passo na estabilização da situação da água é a elevação da produtividade hídrica, do mesmo modo que se elevou a produtividade agrícola. Após a II Guerra Mundial, com a população então projetada a dobrar até 2000, e com pouca terra nova para ser cultivada, o mundo lançou-se num gigantesco esforço para elevar a produtividade das terras cultivadas. Como resultado, esta produtividade quase triplicou entre 1950 e 2000. Chegou a hora de ver o que poderemos fazer com a água.

Lester Brown é fundador do WWI-Worldwatch Institute e do EPI-Earth Policy Institute.
Copyrights 2003. EPI-Earth Policy Institute / UMA-Universidade Livre da Mata Atlântica.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Salvar a terra - um bocado de cada vez


Como a alimentação está relacionada ao meio ambiente?

Hoje, a frase "Reduzir, Reutilizar e Reciclar" tornou-se parte da rotina de jovens e velhos. Mas, quando plantamos árvores com as crianças, limpamos a margem do rio com os vizinhos e racionalizamos o uso da energia elétrica em casa, não percebemos uma das maiores ferramentas para a proteção de nosso planeta — o garfo. Na verdade, a escolha que fazemos em relação àquilo que comemos tem tanto impacto sobre o planeta quanto a escolha de uma sacola de pano, de papel ou de plástico para carregar as compras.

É fácil imaginar o lixo tóxico das fábricas, mas poucos param para pensar no impacto ambiental da produção de alimentos. O aumento da agricultura industrializada consome enorme quantidade de recursos naturais e cobra um alto pedágio ambiental. E, em nenhuma área, o impacto é mais destrutivo, com conseqüências a longo prazo, do que na produção de produtos animais — de carne e aves a peixe e laticínios.

Pense sobre estes fatos:

As 17 maiores áreas de pesca do mundo alcançaram e ultrapassaram seus limites naturais no começo da
década de 90.
No mundo inteiro, um terço dos peixes é triturado como ração para outros animais.
A cada ano, nas Américas do Sul e Central, 20.000 km² de florestas tropicais são derrubados para criação de pasto.
A pecuária é terrivelmente ineficiente. A pessoa que não come carne nem laticínios consome, por dia, em torno de 2.500 calorias provindas de plantações; a pessoa que inclui apenas 30% de produtos animais na comida requer 9.000 calorias provindas de plantações.
Estrume, adubos químicos e pesticidas levados pelo rio Mississipi criaram uma área estéril de mais de 18.000 km²
no fundo do Golfo do México chamada de "Zona Morta".
O perigoso micróbio pfiesteria matou 30.000 peixes na Baía de Chesapeake quando o esterco de galinha usado nas fazendas passou para as águas.
A produção de carne causa a devastação de enormes extensões de terras. A terra usada como pasto provoca erosão e perda de plantas e de animais nativos.
A cada ano, as fazendas produtoras de animais geram aproximadamente cinco toneladas de esterco
para cada habitante dos EUA.
"Administrar" a produção de esterco está se tornando um grande problema. Em 1995, por exemplo, lagoas de contenção espalharam mais de 150 milhões de litros de esterco de porco
nas águas da Carolina do Norte — o dobro da quantidade de óleo vazado em acidente da Exxon Valdez.
O que podemos fazer

As manchetes diárias sobre problemas ambientais podem provocar a sensação de que nossas ações pessoais fazem pouca diferença. A boa notícia é que, com o poder do garfo, podemos fazer uma sensível diferença!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mares e oceanos – vivos ou mortos?



Os mares e os lagos cobrem dois terços da superfície
do nosso lindo planeta e têm um papel
de enorme importância para todo o meio ambiente



Infelizmente, os seres humanos parecem estar fazendo o possível — em todas as partes do nosso planeta — para produzir um impacto negativo sobre os mares e, conseqüentemente, em nós mesmos.

Esse impacto vai da pesca desenfreada, usando até redes de arrasto e o despejo de lixo tóxico, à matança e à exploração dos mamíferos marinhos. As marés estão subindo e ameaçando comunidades ao redor do mundo, devido às mudanças climáticas.

No dia 5 de junho, de 2005, 150 países do mundo todo participaram das festividades do dia Internacional do Meio Ambiente, decretado em 1972 pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP). No entanto, segundo o chefe da UNEP, Klaus Töpfer, não havia muito motivo para festa, pois os mares que cobrem 70% da superfície da Terra estão seriamente ameaçados pela pesca descontrolada, pela poluição e por outros fatores prejudiciais ao meio ambiente.

Eis algumas das causas desta situação preocupante:

Os mares contêm 90% da biomassa do nosso Planeta, de algas à baleia azul.
Aproximadamente 3,5 bilhões de seres humanos dependem dos mares (este número pode duplicar dentro dos próximos 20 anos).
Mais de 70% dos peixes são pescados em excesso. As reservas de atum, bacalhau e peixe espada foram reduzidas em 90% no último século.
80% da poluição marítima tem a sua origem fora dos mares. A situação tende a piorar, se, no ano 2010 — como é previsto —, 80% da população mundial viver perto dos litorais (em um raio de 100 km).
Óbitos e doenças causados pelas águas costeiras contaminadas custam anualmente 123,8 bilhões de dólares.
O material plástico descartado mata anualmente um milhão de pássaros marinhos, 100.000 mamíferos marinhos e incontáveis peixes.
Os vazamentos involuntários, despejo ilegal pela navegação e acidentes marítimos poluem anualmente os mares com enormes quantidades de óleo.
O nível do mar subiu 10 a 25 cm nos últimos 100 anos e pode subir ainda mais, inundando regiões costeiras baixas.
Dos recifes de corais tropicais localizados de 109 países, 93 já estão fortemente danificados pelo desenvolvimento econômico das regiões costeiras e pelo crescente turismo. Os recifes de corais cobrem apenas 0,5% do fundo do mar, mas 90% das espécies dependem destes recifes de maneira direta ou indireta.
Já na Conferência Internacional 2002, em Joanesburgo, em princípio houve um acordo para a criação de regiões marítimas protegidas até o ano 2012 e para reabastecer até 2015 as reservas de peixes dizimadas. A fim de evitar que a pesca descontrolada continue, foi requerida a abolição das subvenções que já representam 20% da renda da indústria pesqueira.

Porém, como costuma ocorrer nestes casos, a implantação das sugestões sensatas está demorando e continua sendo impedida por exigências nacionais de caráter egoísta e por interesses comerciais. O secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, mais uma vez advertiu com insistência que a sociedade não pode continuar permitindo que os oceanos sejam utilizados como depósitos de lixo ou que sejam explorados como fonte para abastecimento inesgotável.

sábado, 7 de junho de 2008

Vida sustentável

Torna-se cada vez mais claro que o modo de vida altamente industrializado, em rápida expansão por todo o mundo, não é sustentável. É um estilo de vida que gasta recursos naturais em troca de luxo e lucro rápido, enquanto milhões de pessoas, tanto nos países industrializados como nos países subdesenvolvidos, carecem do mínimo necessário e de emprego digno. O uso desregrado de combustíveis fósseis está provocando um aquecimento global cujas conseqüências poderão ser catastróficas, caso a camada de gelo permanente que cobre a tundra derreta e libere o metano.

A agricultura industrializada, com monoculturas e dependência de fertilizantes artificiais e maquinário pesado, está acelerando a erosão da terra. Agrotóxicos envenenam os agricultores, a vida selvagem, o solo e os alimentos. Os resíduos prejudicam a saúde de todos que comem esses alimentos. Como se não bastasse, a agricultura industrializada usa combustíveis altamente poluidores para ativar as máquinas, fabricar os venenos e transportar os produtos por milhares de quilômetros.

Os animais criados em confinamento são tratados de maneira humilhante e sofrem até a traumática jornada rumo à morte cheia de dor. Infelizmente, milhões de pessoas foram tão corrompidas pelo exemplo dos endinheirados, espiritualmente cegos, que fazem de tudo para copiar seu absurdo estilo de vida. Conseqüentemente, o trabalho mais importante de todos — a produção de alimentos — não é mais valorizado. Foi denegrido pela escravatura.

Os habitantes dos grandes centros urbanos (muitos vivendo em favelas e cortiços), praticamente desconhecem a origem de seus alimentos. O direito básico sem o qual a liberdade política não passa de uma farsa — o direito de usar a terra para suprir as necessidades — foi esquecido.

Muitos produtos encontrados nos supermercados vêm de regiões onde a população não tem o suficiente para comer. Podemos muito bem cultivar tudo o que precisamos. Os alimentos adubados por métodos orgânicos, sem produtos artificiais, usados frescos e não adulterados, são muito mais saudáveis. Muitos podem plantar nos jardins ou no peitoril das janelas. Algumas pessoas poderiam comprar terra ou ajudar outras a adquiri-las. Esses empreendimentos voluntários e conscienciosos contribuem para estabelecer uma tendência contrária ao estilo de vida que está destruindo o nosso futuro.

ANIMAIS criados desnecessariamente para servir de alimento disputam com as pessoas terra, água, plantas, energia e outros itens essenciais.

ANIMAIS não produzem nada — nem mesmo fertilizantes — que não possa ser obtido, de forma mais econômica, diretamente das plantas. Emitem mais metano do que arrozais, depósitos de lixo e vazamento de gasodutos. O metano, que absorve 20 vezes mais calor do sol do que o gás carbônico, está se acumulando rapidamente na atmosfera. Poderá se tornar o principal gás de efeito estufa nos próximos 50 anos. Estudos indicam que o metano também acelera a destruição da camada de ozônio.
ÁRVORES absorvem gás carbônico e armazenam o carbono na madeira. Se a terra hoje usada para a criação de animais fosse utilizada para a plantação de árvores, o aquecimento global poderia ser revertido. Madeira pode ser usada para fabricar a maioria dos objetos de que precisamos — inclusive materiais sintéticos para roupa e muitos outros artigos. Pode ser queimada para fornecer calor ou convertida em gás, eletricidade ou substitutos do petróleo.

ÁRVORES oxigenam a atmosfera, mantêm o ciclo pluvial e contêm a erosão do solo.

ÁRVORES fornecem uma infinidade de alimentos! Por toda a parte crescem pinheiros, amendoeiras, nogueiras, castanheiras e inúmeras árvores frutíferas. Todas essas árvores devem ser cultivadas em florestas mistas.

ÁRVORES podem formar cinturões para proteger a lavoura e até lavouras podem ser cultivadas entre elas. O solo é fertilizado com compostos de plantas, fertilizantes líquidos derivados de plantas e técnicas de adubagem verde.
Hoje em dia, quase uma quarta parte da superfície terrestre serve somente de pasto para 1.3 bilhão de cabeças de gado. Se essa criação fosse desativada haveria terra suficiente para a vida selvagem e para comunidades auto-suficientes viverem com estilo de vida sustentável.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A insanidade precisa acabar!


Por causa do excesso de produtos tóxicos, um número cada vez maior de recém-nascidos, tanto humanos como animais, começam suas vidas com menos neurônios e nefros. Os tóxicos estão produzindo uma nova raça de homens e animais com menos células cerebrais e menos capacidade de filtrar os agentes químicos tóxicos produzidos pelo homem. Não é de estranhar que temos, hoje, mais crianças rebeldes que recorrem a drogas, ao álcool, ao crime e a experiências sexuais prematuras. Essas crianças têm sistemas imunológicos inadequados, ficando mais suscetíveis ao grande número de doenças modernas do mundo ocidental.

Como resultado, a longevidade também é reduzida. A capacidade mental diminui à medida que os níveis de toxicidade no meio ambiente aumentam. Entretanto, os habitantes do fundo das florestas tropicais, longe da indústria moderna e dos agroquímicos, continuam a viver uma vida longa e saudável.

Então, o que podemos fazer? Neste novo século, nós todos temos que reavaliar nossos atos diários e seu impacto sobre o futuro do nosso planeta. Nós todos temos que concentrar nossos esforços para impedir que novos danos afetem a infra-estrutura do nosso planeta, enquanto procuramos modos de reparar os prejuízos já causados.