sábado, 7 de junho de 2008

Vida sustentável

Torna-se cada vez mais claro que o modo de vida altamente industrializado, em rápida expansão por todo o mundo, não é sustentável. É um estilo de vida que gasta recursos naturais em troca de luxo e lucro rápido, enquanto milhões de pessoas, tanto nos países industrializados como nos países subdesenvolvidos, carecem do mínimo necessário e de emprego digno. O uso desregrado de combustíveis fósseis está provocando um aquecimento global cujas conseqüências poderão ser catastróficas, caso a camada de gelo permanente que cobre a tundra derreta e libere o metano.

A agricultura industrializada, com monoculturas e dependência de fertilizantes artificiais e maquinário pesado, está acelerando a erosão da terra. Agrotóxicos envenenam os agricultores, a vida selvagem, o solo e os alimentos. Os resíduos prejudicam a saúde de todos que comem esses alimentos. Como se não bastasse, a agricultura industrializada usa combustíveis altamente poluidores para ativar as máquinas, fabricar os venenos e transportar os produtos por milhares de quilômetros.

Os animais criados em confinamento são tratados de maneira humilhante e sofrem até a traumática jornada rumo à morte cheia de dor. Infelizmente, milhões de pessoas foram tão corrompidas pelo exemplo dos endinheirados, espiritualmente cegos, que fazem de tudo para copiar seu absurdo estilo de vida. Conseqüentemente, o trabalho mais importante de todos — a produção de alimentos — não é mais valorizado. Foi denegrido pela escravatura.

Os habitantes dos grandes centros urbanos (muitos vivendo em favelas e cortiços), praticamente desconhecem a origem de seus alimentos. O direito básico sem o qual a liberdade política não passa de uma farsa — o direito de usar a terra para suprir as necessidades — foi esquecido.

Muitos produtos encontrados nos supermercados vêm de regiões onde a população não tem o suficiente para comer. Podemos muito bem cultivar tudo o que precisamos. Os alimentos adubados por métodos orgânicos, sem produtos artificiais, usados frescos e não adulterados, são muito mais saudáveis. Muitos podem plantar nos jardins ou no peitoril das janelas. Algumas pessoas poderiam comprar terra ou ajudar outras a adquiri-las. Esses empreendimentos voluntários e conscienciosos contribuem para estabelecer uma tendência contrária ao estilo de vida que está destruindo o nosso futuro.

ANIMAIS criados desnecessariamente para servir de alimento disputam com as pessoas terra, água, plantas, energia e outros itens essenciais.

ANIMAIS não produzem nada — nem mesmo fertilizantes — que não possa ser obtido, de forma mais econômica, diretamente das plantas. Emitem mais metano do que arrozais, depósitos de lixo e vazamento de gasodutos. O metano, que absorve 20 vezes mais calor do sol do que o gás carbônico, está se acumulando rapidamente na atmosfera. Poderá se tornar o principal gás de efeito estufa nos próximos 50 anos. Estudos indicam que o metano também acelera a destruição da camada de ozônio.
ÁRVORES absorvem gás carbônico e armazenam o carbono na madeira. Se a terra hoje usada para a criação de animais fosse utilizada para a plantação de árvores, o aquecimento global poderia ser revertido. Madeira pode ser usada para fabricar a maioria dos objetos de que precisamos — inclusive materiais sintéticos para roupa e muitos outros artigos. Pode ser queimada para fornecer calor ou convertida em gás, eletricidade ou substitutos do petróleo.

ÁRVORES oxigenam a atmosfera, mantêm o ciclo pluvial e contêm a erosão do solo.

ÁRVORES fornecem uma infinidade de alimentos! Por toda a parte crescem pinheiros, amendoeiras, nogueiras, castanheiras e inúmeras árvores frutíferas. Todas essas árvores devem ser cultivadas em florestas mistas.

ÁRVORES podem formar cinturões para proteger a lavoura e até lavouras podem ser cultivadas entre elas. O solo é fertilizado com compostos de plantas, fertilizantes líquidos derivados de plantas e técnicas de adubagem verde.
Hoje em dia, quase uma quarta parte da superfície terrestre serve somente de pasto para 1.3 bilhão de cabeças de gado. Se essa criação fosse desativada haveria terra suficiente para a vida selvagem e para comunidades auto-suficientes viverem com estilo de vida sustentável.

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